Home office e Ciência de dados

Home office - Notebook em mesa de madeira próximo à chicara de café, caderneta de anotações e celular

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Poucas tendências cresceram tanto quanto a cultura do home office nos últimos anos. Sendo por conta de restrições na forma de trabalhar ou por necessidades de mudanças na estrutura de negócios, milhares de trabalhadores ao redor do mundo aderiram a modelos de teletrabalho.

Teletrabalho

O capítulo II-A da CLT define que “considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não se configure como trabalho externo.”

O home office é um dos modelos de teletrabalho onde o empregado exerce suas funções de seu próprio domicílio. Existem outras formas como o do crescente coworking: espaços divididos por vários trabalhadores de mesma ou diferentes empresas pare realizar suas jornadas de trabalho.

De todas as ocupações que aderiram a formas de teletrabalho, sem dúvidas a de Cientista de dados foi uma das que melhor se adaptou. A essência intelectual da profissão permite que as atividades sejam realizadas integralmente de forma remota. Juntando as ocorrências excepcionais dos últimos anos à crescente demanda por profissionais na área as empresas se viram obrigadas a fazer diversas concessões para contratar e manter pessoas especializadas.

Números

De acordo com o IPEA mais de 60% das ocupações de diretoria e gerência e para profissionais das ciências intelectuais são passíveis de teletrabalho. A amostra utilizada para construção desses dados foi retirada da PNAD, que, também, informa que 38,9% dos trabalhadores efetivamente utilizaram modelos de teletrabalho em novembro de 2020.

Observa-se também que neste mesmo período o número de trabalhadores ocupados de forma remota se concentrou majoritariamente na região sudeste com 57,8% das vagas. Em boa parte dos casos durante o ano de 2020 os dados nos mostram que o número de teletrabalhadores efetivos superou o número de vagas potenciais.

Distribuição das pessoas trabalhando de forma remota efetiva versus teletrabalho potencial, por região (em %)

Essas estatísticas são extremamente significativas, pois, de acordo com uma pesquisa realizada pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), a intenção de permanecer em modelos de teletrabalho dos brasileiros durante os últimos anos atingiu 78%.

Não só a intenção de se manter remoto se mostrou alta mas também a produtividade cresceu de forma considerável durante esse período. O número de 72% de trabalhadores satisfeitos com o modelo remoto adotado por suas empresas nos mostra que os existe uma tendência forte de ampliação do teletrabalho mesmo com o fim das restrições.

O que isso significa?

Em termos gerais representa uma ótima notícia para boa parte das atividades que podem ser realizadas do conforto de casa. Com a volta geral, cada dia mais próxima, das atividades presenciais teremos um cenário em que trabalhadores mais especializados irão preferir continuar trabalhando remotamente.

Nesse cenário o cientista de dados está posicionado de forma excelente, pois, está atualmente em um ambiente que apresenta uma relação generosa de vagas por candidato, além de ser uma das profissões que mais cresce no mundo a medida em que se torna mais e mais necessária

Ciência de dados

A carreira de cientista de dados mostra números impressionantes. Uma simples busca de salários na Glassdoor, onde os valores servem apenas para nos dar noção do quanto recebem algumas ocupações, mostra médias salariais de R$8000 a nível nacional e de R$9200 em São Paulo. Cada vez mais empresas necessitam desses serviços como já discutimos aqui.

Buscas pela profissão no LinkedIn e outros sites de vagas retornam um grande número de resultados, com boa parte sendo de forma total ou parcialmente remota.

Ciência de dados - Mãos sobre teclado de notebook aberto com a tela mostrando um dashboard, ao lado caneca, canetas e celular

 

O teletrabalho no geral acompanha a evolução da tecnologia, pois, ferramentas mais avançadas permitem que pessoas distantes efetuem um mesmo serviço de forma efetiva. Quando falamos de carreiras, como aquelas focadas em dados, que lidam e dependem da tecnologia, falamos de ambientes que tendem a adotar inovações de forma pioneira. Essa característica implica em possibilidades novas da atuação remota constantemente.

Considerando o potencial imenso da carreira de um profissional de dados, tendo, também, o adicional de flexibilidade no modo de trabalhar, fator que por si só já é um atrativo imenso, é fácil entender a razão de cada vez mais pessoas considerarem uma formação de voltada aos dados.

escrito por Rafael

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